Estás a ler: A energia solar seria melhor para os astronautas de Marte do que a energia nuclear, segundo estudo
Quando se trata de visitar outro planeta como Marte, a energia é tão importante quanto o oxigênio e a água. Sem energia, seria difícil sobreviver em um planeta hostil e nenhum trabalho de pesquisa seria possível. Alguém poderia pensar que para obter energia quase ilimitada, a tecnologia nuclear deveria ser a primeira escolha. Mas um estudo publicado recentemente na revista Fronteiras em Astronomia e Ciências Espaciais sugere que, no caso de Marte, usar energia solar seria uma opção melhor do que nuclear.
Os cientistas por trás deste estudo concluíram que, para uma tripulação de 6 pessoas com base no equador do planeta, os sistemas fotovoltaicos seriam suficientes para alimentar a missão. Os astronautas também poderão limpar os painéis solares para evitar o acúmulo de poeira e impedir a produção de energia.

A modelagem realizada pelos pesquisadores mostrou que, ao nível do equador, as métricas de intensidade solar e temperatura da superfície demonstram superioridade sobre um sistema de fissão nuclear. A comparação foi feita em termos de peso necessário e energia gerada.
Operação de sistema
Durante os testes, o modelo usou um sistema de energia de hidrogênio comprimido como armazenamento de energia solar, já que o hidrogênio é um recurso que pode ser extraído na superfície de Marte.
Para fazer a comparação, o estudo considerou a massa e a energia dos dois sistemas, além de condições ambientais como absorção e dispersão da luz por partículas na atmosfera. O objetivo era entender melhor como os raios do Sol atingem a superfície marciana e quais os locais mais adequados para a instalação dos painéis.
O sistema que usa energia solar funciona quebrando as moléculas de água em oxigênio e hidrogênio usando a eletricidade produzida. O hidrogênio será então armazenado em tanques pressurizados. Mais tarde, o hidrogênio será eletrificado em células de combustível para produzir energia. O hidrogênio que não será usado pode ser usado para gerar amônia para fertilizar o solo.
Outras opções possíveis
Segundo os cientistas, existem outras tecnologias para produzir energia em Marte. Esses sistemas podem ser caros na Terra, mas também podem ser eficazes em Marte. De fato, será necessário transportar todo o material da Terra ou produzir o que for necessário a partir dos recursos disponíveis no local.
Aaron Berliner, estudante de doutorado em bioengenharia do Laboratório Arkin da Universidade da Califórnia, Berkeley, e coautor, bem como outro coautor, Anthony Abel, também doutorando, também estão trabalhando em outro projeto. Eles são membros do grupo denominado CUBES ou Centro de Utilização da Engenharia Biológica no Espaço. O objetivo deste grupo é criar micróbios que possam produzir plástico a partir de dióxido de carbono e hidrogênio, e produtos farmacêuticos a partir de CO2 e luz solar. São projetos que se alinham muito bem com o sistema modelado durante o recente estudo solar.
FONTE: Space.com
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