A primeira evidência de transmissão transplacentária de Sras-CoV-2 chega até nós da França

Publicado na última terça-feira, o artigo intitulado: “Transmissão transplacentária da infecção por SARS-CoV-2” fornece a primeira evidência de transmissão transplacentária (de uma mulher grávida para seu bebê) do Sars-CoV-2, o coronavírus no mundo. COVID-19.

A resposta a este fenômeno que agita bastante a comunidade científica nos é trazida por médicos do hospital Antoine Béclère em Paris.

De fato, a cesariana de uma mulher portadora do vírus iluminou os cientistas sobre o assunto. Eles descartaram o fato de que o bebê contraiu o vírus após o nascimento e conseguiram demonstrar a existência de “inflamação causada pelo coronavírus” no cérebro do recém-nascido. Isso prova, segundo esses médicos, que o meio de transmissão do famoso vírus só era possível pela placenta.

Uma possibilidade já sugerida por estudos anteriores

Várias universidades já se debruçaram sobre a investigação sobre este assunto. Os estudos foram publicados em março passado, incluindo um na Itália e outros três na França. E por assim dizer, apesar das dúvidas e da existência de casos semelhantes detectados anteriormente, nenhuma prova pôde ser estabelecida, até agora.

Estes médicos franceses afirmam que a prova concreta acaba de ser descoberta com o caso desta grávida de trinta e cinco semanas.

Segundo eles: “Demonstramos que a transmissão transplacentária da infecção por SARS-CoV-2 é possível durante as últimas semanas de gravidez. Outros casos de transmissão perinatal potencial foram descritos recentemente, mas apresentam várias questões não resolvidas”.

As mulheres grávidas não têm nada a temer

Apesar dessa descoberta, os médicos continuam otimistas e dizem que a possibilidade de transmissão do coronavírus de uma gestante para seu filho é “muito rara”.

Segundo Daniele De Luca, principal autora do artigo: “A gravidez é muito controlada, e se você tem algo assim, pode ser controlado. Na maioria dos casos, não haverá nenhum dano ao bebê”.

No entanto, salienta que: “Há muitas coisas que podemos fazer, mas não podemos fechar os olhos e dizer que isso nunca vai acontecer”. De fato, mesmo com os resultados de vários estudos, várias questões permanecem sem resposta em torno dessa transmissão mãe-feto do Sars-CoV-2.