Carne de inseto cultivada em laboratório pode ser ingrediente chave em futuras refeições

O futuro de alimentos ecologicamente corretos pode depender muito de carne de inseto cultivada em laboratório, de acordo com um novo relatório científico. Diferentemente da carne cultivada em laboratório, da carne de porco e de outros produtos tradicionais, essas alternativas de insetos exigiriam menos recursos para serem cultivadas, sendo também mais adequadas para produção em massa e modificação genética. Levá-los do laboratório para o prato pode exigir um sistema complexo de robôs e luzes, no entanto.

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Os benefícios potenciais da carne de inseto cultivada em laboratório foram publicados recentemente, onde pesquisadores da Universidade Tufts explicam que a carne bovina, a carne de porco e o frango cultivados em laboratório apresentam fatores de confusão que podem dificultar a produção em massa e reduzir os benefícios ambientais produção de carne em laboratório.

O atual sistema pecuário tem sido fortemente criticado por seu impacto na saúde, no meio ambiente e em sua crueldade geral com os animais. Os esforços para mitigar certos problemas usando a modificação genética tiveram benefícios marginais, na melhor das hipóteses, resultando em uma atenção voltada para dietas baseadas em plantas e, olhando para o futuro, para carne cultivada em laboratórios.

Os insetos têm sido regularmente apresentados como a alternativa ideal ao gado tradicional; eles exigem menos água e outros recursos enquanto produzem menos desperdício. Conseguir que os consumidores realmente comam os insetos provavelmente exigirá um processamento pesado de produtos que se assemelham a alimentos tradicionais, incluindo produtos sem carne com infusão de proteínas.

O novo relatório aponta que a carne de insetos cultivada em laboratório pode ser geneticamente modificada em categorias de perfis de crescimento, sabor e nutrição. Ambientes menos exigentes são necessários para cultivar insetos em comparação com mamíferos e aves; eles também requerem menos energia e são mais adequados para espaços de laboratório, como sistemas verticais.

Quando se trata de cultivar carne de inseto em laboratórios, a principal autora do relatório, Natalie Rubio, explicou:

Na maioria dos sistemas de cultura de células musculares de mamíferos, as células precisam ser fixadas em uma única camada a uma superfície de crescimento – o que é complexo para aumentar a produção em massa de alimentos. Muitas células de inseto, no entanto, podem ser cultivadas flutuando livremente em uma suspensão de meio de crescimento para permitir a geração de células de alta densidade e econômica.

A carne pode ser estimulada usando luz e bio-robótica para causar contrações, um passo necessário para obter a textura esperada da ‘carne’. Um grande mistério permanece, no entanto, e é assim que a carne cultivada em laboratório inspecionará o sabor. Até que a primeira cultura seja produzida, ninguém pode oferecer uma resposta.