China supostamente vinculou concessões comerciais ao apelo da ZTE, EUA negam ligação

O Departamento de Comércio está oficialmente estudando “soluções alternativas” para solucionar as infrações do fabricante chinês de tecnologia ZTE contra as sanções comerciais dos EUA, fazendo negócios com empresas iranianas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, twittou no domingo que estava trabalhando com seu colega, o presidente chinês Xi Jinping, para resolver a proibição de importação de sete anos emitida para a ZTE, impedindo a empresa de comprar produtos de fontes americanas. A empresa diz que essa proibição fez com que parasse todas as principais operações e também teve a consequência de interromper as atualizações de software para seus dispositivos Android. A operadora australiana Telstra também parou de vender telefones ZTE.

Jornal de Wall Street relata que durante as negociações comerciais em Pequim, a delegação chinesa prometeu que seu governo se abstivesse de emitir tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA se Washington buscasse alívio para a ZTE. Fontes da Reuters dizem que a China também estaria disposta a importar mais mercadorias.

O secretário de Comércio Wilbur Ross, falando ao National Press Club nesta manhã, disse que suas considerações, conforme instruídas por Trump, não estão relacionadas às atuais tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos.

“A ZTE fez algumas coisas inadequadas”, disse Ross. “Nossa posição é de que é uma ação de execução separada do comércio”.