Estudo constata que ajustes na dieta podem acalmar um sistema imunológico hiperativo

Um novo estudo descobriu que um ajuste na dieta relativamente simples pode ajudar a proteger indivíduos de alto risco da resposta inflamatória prejudicial causada por um sistema imunológico hiperativo. Embora não tenha impedido a doença, o estudo descobriu que a eliminação de certos alimentos pode potencialmente retardar o aparecimento e a progressão de doenças autoimunes, que variam de coisas como a psoríase até condições mortais, como a esclerose múltipla.

As doenças autoimunes são uma série de condições de saúde que resultam do sistema imunológico do corpo atacando seus próprios tecidos saudáveis. A condição resultante depende do que está sendo atacado – por exemplo, a esclerose múltipla é causada pelo sistema imunológico que ataca a bainha de mielina nos nervos, enquanto a psoríase resulta em manchas na pele inflamadas.

Essa resposta imune envolve um tipo de célula chamada célula T que é alimentada pelo aminoácido metionina. Este aminoácido é adquirido pela ingestão de certos alimentos, ou seja, se você não os comer, seus níveis de metionina diminuirão. Como o aminoácido é encontrado basicamente em todos os alimentos, não é possível eliminá-lo completamente de sua dieta.

No entanto, o estudo observa que ovos, carne e outros produtos de origem animal têm as maiores quantidades de metionina, o que significa que uma dieta que elimina esses alimentos reduzirá a quantidade de metionina disponível para alimentar as células imunológicas hiperativas.

O novo estudo envolveu ratos que sofriam de esclerose múltipla; descobriu que restringir a metionina na dieta limitava a capacidade das células T reprogramadas de causar inflamação na medula espinhal e no cérebro. Isso atrasou o início da doença e retardou sua progressão. No entanto, é importante observar que o estudo envolveu apenas ratos; pesquisas adicionais são necessárias para determinar se a mesma mudança na dieta pode ajudar os seres humanos.