Estudo encontra ligação entre terapia do câncer de próstata e risco de demência

Um estudo da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia encontrou uma ligação entre os medicamentos comumente usados ​​para tratar o câncer de próstata e um risco aumentado de desenvolver demência. O estudo analisou mais de 150.000 homens que tiveram câncer de próstata, 62.330 dos quais começaram a receber terapia de privação de andrógenos (ADT) dentro de dois anos após o diagnóstico.

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Este grande estudo segue vários estudos anteriores menores que encontraram uma associação entre o tratamento comum do câncer de próstata e o aumento do risco de desenvolver demência e doença de Alzheimer.

Em seu estudo, os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia descobriram que 22% dos pacientes com câncer de próstata que receberam ADT foram diagnosticados mais tarde com demência, em comparação com 16% que não receberam ADT. Além disso, 13% dos receptores de ADT desenvolveram a doença de Alzheimer em comparação com 9% que não receberam a terapia hormonal.

Embora essa terapia de bloqueio hormonal tenha se mostrado altamente eficaz para retardar o câncer de próstata, ela vem com vários fatores de risco, incluindo risco aumentado de depressão, doença cardiovascular e, com base em um número crescente de estudos, possivelmente declínio cognitivo.

O co-autor do estudo, Thomas Guzzo, MD, MPH, explicou:

Eu acho que precisamos olhar para esses pacientes em um nível individual. Certamente, existem pacientes que precisam de terapia hormonal e se beneficiam bastante. Existem outras em que a evidência é menos clara e, nesses pacientes, devemos considerar fortemente o risco da terapia hormonal versus o benefício no tratamento do câncer de próstata. Este deve ser um processo compartilhado de tomada de decisão com o paciente.