Evite consumir líquen apresentado como Viagra natural

Hoje em dia, vários homens sofrem de disfunção erétil ou impotência devido a diferentes razões. Para remediar isso, alguns recorrem a drogas como o Viagra para ter uma vida sexual normal.

Há algum tempo, está disponível no mercado um produto à base de líquen, anunciado como Viagra natural, que pode ser usado como tratamento alternativo para a disfunção erétil.

O líquen em questão é conhecido pelo nome científico Xanthoparmelia scabrosa e é apelidado de “líquen do pavimento sexy” devido à sua semelhança com as drogas usadas no tratamento da disfunção erétil.

Mesmo que seja apresentado como um produto natural, os cientistas mostram-se relutantes em relação ao seu consumo.

Um produto que cresce em todos os lugares

Xanthoparmelia scabrosa cresce em toda a Nova Zelândia, onde é muito abundante. O líquen é encontrado tanto nas estradas quanto nas calçadas. Segundo os cientistas, contém um composto mais ou menos semelhante ao composto ativo de medicamentos para impotência, como o Viagra.

No comércio, X. scabrosa é vendido em pó em muitos sites como o Alibaba. Allison Knight, liquenologista da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, no entanto, disse que o crescimento de um grande número desses líquens seria difícil, pois eles têm uma taxa de crescimento muito lenta de apenas alguns milímetros por ano.

Riscos para os consumidores

Embora o líquen X. scabrosa é realmente muito semelhante ao Viagra, os cientistas acreditam que é muito perigoso consumi-lo, qualquer que seja sua forma. De acordo com Knight, contém produtos químicos que podem ser tóxicos para os seres humanos. Suspeita-se também que os líquenes que crescem em áreas urbanas contenham uma alta concentração de metais pesados, incluindo cobre, zinco e chumbo.

Por outro lado, Knight disse que havia uma grande chance de que o pó X. scabrosa no mercado nem sequer contém líquen natural. A análise de um produto X. scabrosa revelou que cerca de 80% do produto era na verdade Viagra e os 20% restantes eram feitos de ervas cortadas.

Podemos, portanto, concluir que produtos não reconhecidos sempre apresentam risco à saúde e que seria melhor consultar um profissional antes de tomar tal ou tal medicamento.