HAMR-E, o robô de Harvard que vê o mundo de cabeça para baixo

Pesquisadores da Universidade de Harvard criaram um micro-robô eletroadesivo ambulatorial (HAMR-E). É um pequeno robô capaz de explorar pequenos espaços.

Graças aos seus pés eletro-adesivos, este micro-robô pode até entrar em lugares muito profundos e muito pequenos, ou seja, impossíveis de alcançar para humanos, mesmo de cabeça para baixo. Os cientistas desenvolveram este pequeno robô em resposta a um desafio da Rolls-Royce.

A utilidade de tal invenção é simples: se os pesquisadores conseguirem transportar câmeras e ferramentas para esta pequena máquina, não será mais necessário desmontar dispositivos complexos, como os motores a jato da Rolls-Royce, para inspecioná-los e/ou repará-los. Da mesma forma, o HAMR-E pode explorar espaços invertidos, desde que a superfície seja eletricamente condutora.

Para os pesquisadores, este micro-robô tem um enorme potencial e utilidade.

Um robô com quatro pernas giratórias

Os pés do HAMR-E são feitos de poliimida, é um eletrodo de cobre isolado que gera forças eletrostáticas entre a superfície condutora e as almofadas “pegajosas” do micro-robô.

Este último também é capaz de se mover de cabeça para baixo. Três de seus pés se prendem à superfície para evitar que ele escorregue enquanto seu quarto pé avança para se prender ainda mais.

Essa marcha em particular faz com que as pernas do robô girem. Os cientistas criaram assim articulações de tornozelo imaginadas a partir de origami. Camadas de poliimida e fibra de vidro são dobradas em uma estrutura e permitem que os tornozelos do robô girem livremente e se adaptem às superfícies que explora.

Uma invenção útil para engenheiros

No momento, os pesquisadores estão ocupados encontrando uma maneira de evitar que o mini-robô perca o equilíbrio e caia.

Eles também estão trabalhando em uma maneira de fazer o HAMR-E funcionar em superfícies não condutoras.

Robert Wood, coautor do projeto, disse que o HAMR-E é a prova mais convincente de que é possível projetar um robô escalador de centímetros e que esses robôs podem, no futuro, ser usados ​​para explorar várias infraestruturas como tubos, motores, geradores e muito mais.

Ele também afirma que esta invenção é um esforço de cientistas acadêmicos e industriais para desenvolver tecnologias e produtos inovadores que ajudarão a resolver os problemas que os engenheiros podem enfrentar diariamente.