Houve um apagão de rádio sobre o Atlântico devido a uma poderosa explosão solar

Em 3 de julho de 2021, pesquisadores detectaram uma poderosa erupção solar sobre o Atlântico. Este evento foi detectado pelo observatório Solar Dynamics, que está em órbita geossíncrona a cerca de 36.000 km do nosso planeta. Conforme relatado por nossos colegas do site Futura Sciences, essa erupção solar atingiu seu clímax um pouco antes das 16h30, horário de Paris.

A potência deste flare tem uma classificação X1.59. Fazia um tempo desde que os pesquisadores detectaram tal evento. Esta erupção é a primeira explosão de classe X do ciclo 25 do nosso Sol. A última erupção desse tipo foi em 2017. Esta foi classificada como X9 porque era nove vezes mais poderosa do que a que os cientistas detectaram recentemente.

Esta nova erupção solar não foi sem consequências para os equipamentos terrestres. Como os pesquisadores revelam, é a causa de um apagão de rádio sobre o Atlântico.

Uma erupção que interrompeu temporariamente as transmissões de rádio

Os instrumentos do observatório registraram uma emissão de rádio tipo II a uma velocidade de cerca de 375 km/s. Segundo os pesquisadores, isso indica uma ejeção de massa coronal no momento da erupção. Este fenômeno então ionizou a atmosfera superior da Terra.

A ação combinada desses fenômenos teve um impacto direto nas emissões de rádio do nosso planeta. Durante uma hora houve um blecaute de rádio sobre o Atlântico. Como os pesquisadores apontam, isso dizia respeito principalmente às transmissões de rádio de ondas curtas.

Na origem de um desvio do campo magnético

Pesquisadores de um observatório de clima espacial nas Ilhas Lofoten, no norte da Noruega, observaram vários distúrbios após essa explosão solar. Segundo eles, teria causado uma explosão de rádio, uma perturbação ionosférica, um surto de correntes elétricas no solo e um desvio do campo magnético local.

Segundo os pesquisadores, o último fenômeno é extremamente raro. Também conhecido como o “Gancho Magnético”, foi causado por correntes que fluem sobre a Terra após a erupção ionizar a atmosfera superior. Essas correntes evoluíram a uma altitude entre 60 e 100 km e modificaram o campo magnético polar.

Especialistas indicaram que uma mancha solar apelidada de AR2838 teria causado essa erupção.