Limpeza do oceano: a grande limpeza pode começar

Nos últimos seis meses, os engenheiros da Ocean Cleanup trabalharam duro. Eles os gastaram reconstruindo a infraestrutura que coletaria resíduos plásticos subaquáticos e os armazenaria em barreiras flutuantes. A ideia foi lançada pela primeira vez durante uma palestra TED pelo estudante holandês de engenharia aeroespacial Boyan Slat em 2012. Ele tinha apenas 17 anos na época.

Agora com 24 anos, o pequeno gênio se tornou um empreendedor à frente de uma centena de especialistas. A montagem do sistema de limpeza ocorreu em uma antiga base naval em São Francisco e foi concluída no último final de semana. Esta primeira infraestrutura será implantada em 8 de setembro de 2018 e será embarcada por um navio da empresa Maersk Launcher.

O sistema recebeu o nome de Wilson, em homenagem ao famoso vôlei do filme Náufrago. Ele terá que vasculhar os mares de Alcatraz, sob a ponte Golden Gate e no Oceano Pacífico.

Eliminar 90% do plástico dos oceanos até 2040

Também apelidada de Sistema 001, esta barragem será a primeira de uma frota que coletará e limpará 50% do lixo do Grande Pacífico a cada cinco anos.

Observe que, inicialmente, Boyan Slat pensou que poderia eliminar a maior parte dos resíduos usando as correntes oceânicas para prender o plástico em um boom flutuante. Ele havia imaginado uma represa de cem quilômetros de comprimento fixada no fundo do oceano.

O objetivo da associação agora é eliminar 50% do vórtice em cinco anos e 90% do plástico dos oceanos antes de 2040. Nos últimos cinco anos, auxiliado por sua equipe, o jovem chefe Ocean Cleanup também refinou sua estratégia.

Eventualmente, os engenheiros projetaram uma barreira em forma de U, com 600m de comprimento, com uma espécie de saia pendurada abaixo. O dispositivo funciona graças à energia do vento, correntes oceânicas e ondas superficiais.

Orçamento de US$ 20 milhões

Graças ao crowdfunding, o projeto ganhou dois milhões de dólares. Com o apoio de algumas personalidades do Vale do Silício e outros investidores, a Ocean Cleanup agora tem um orçamento de vinte milhões de dólares.

O dispositivo será lançado em breve na Baía de São Francisco, a mais de 1.800 quilômetros do “sétimo continente” de lixo no Pacífico Norte.

Muitas críticas foram feitas em relação à eficiência do projeto. Este primeiro teste em condições reais certamente será acompanhado de perto pela mídia de todo o mundo.