Os cientistas pensam que, em última análise, uma influência da Lua em nosso corpo não pode ser descartada

Ao longo da história, muitas teorias sobre os efeitos da Lua e seus ciclos sobre o Homem e seu corpo foram levantadas, sem que houvesse evidências científicas para apoiá-las.

No entanto, por parte dos pesquisadores, a busca por evidências de uma correlação entre os ciclos lunares e o comportamento fisiológico e biológico do organismo humano nunca foi tão interessante, particularmente em termos dos efeitos da Lua no sono e no humor.

Thomas Wehr, um renomado psicanalista americano, descobriu que os diferentes episódios das doenças de seus pacientes seguiam estranhamente uma estranha regularidade, segundo um ritmo que não corresponderia a um processo biológico.

Ciclos de mudanças de humor a cada 2 semanas

Como parte de seu estudo, Thomas Wehr acompanhou 17 pacientes com transtorno bipolar de ciclagem rápida. É uma afecção psiquiátrica que faz um paciente passar rapidamente de um estado depressivo para um estado maníaco, e o que o psicanalista observou, é uma estranha regularidade entre os episódios da doença desses pacientes.

Agora verifica-se que esses ciclos, oscilando entre 14,8 dias para alguns e 13,7 dias para outros (cerca de duas semanas), acompanharam a evolução crescente ou decrescente da Lua.

Uma descoberta que levou o cientista a se perguntar se haveria alguma influência externa nesses ciclos. E a coisa óbvia a considerar era se havia uma influência lunar.

A busca de um mecanismo que possa explicá-lo

Quando voltamos às possíveis influências da Lua no comportamento humano e na natureza, pensamos em particular na famosa lenda dos lobisomens, sendo este meio homem meio lobo que se transforma em monstro sob a lua cheia. .

No entanto, além das lendas, os pesquisadores buscam teorias mais “científicas” para tratar do assunto.

Assim, evoca-se o rastro da oscilação gravitacional provocada pela Lua, como é o caso das marés. De fato, composto por uma quantidade bastante grande de água, o corpo humano poderia reagir da mesma maneira.

Em menor grau, alguns sujeitos também seriam sensíveis a uma variação no campo magnético, que pode modificar a produção de ondas alfa pelo nosso cérebro e, dessa forma, modificar a química de seus cérebros, o ritmo circadiano que rege o sono.

Por enquanto, apesar dos mecanismos que explicam esses efeitos, Thomas Wehr admite que suas descobertas levantam muitas questões. Portanto, mais estudos serão necessários para descobrir se realmente existe uma ligação entre o ciclo lunar e certas doenças das quais sofremos.