Estás a ler: Quando a IA ajuda a transformar mapas antigos em imagens de satélite
Henrique Andrade é aluno do politécnico de uma das primeiras universidades do Brasil a oferecer ensino de engenharia: a Universidade de Pernambunca. Ele teve a ideia de reunir dados históricos sobre sua cidade natal, Recife, capital de Pernambuco, e processá-los com IA. O resultado final mostra a configuração da cidade brasileira há alguns séculos.
O aprendiz politécnico falou primeiro com o seu professor, Bruno Fernandes, e este aprovou com entusiasmo o projeto. O professor se convenceu com o argumento de seu aluno, dizendo que “as pessoas ficariam mais conscientes de como o uso da terra mudou ao longo dos anos, e como a urbanização tem impactado social e econômico”.
Um mapa datado de 1808 foi tomado como base, para gerar uma imagem de satélite, como a que se veria no Google Maps.
Observando o ambiente em mudança com IA
É necessário utilizar uma representação geográfica de um determinado local, desenhada em papel e digitalizada. Em seguida, as informações históricas de fundo são inseridas no computador.
A imagem é processada por algoritmos especiais de inteligência artificial, que também incorporam dados relacionados à história e ao contexto social da época. Obtemos então imagens modernas da civilização do séc.e século.
Nem mesmo Henrique esperava o resultado obtido, pois “a cidade mudou radicalmente”. Por causa da atividade humana, “todos os espaços verdes foram removidos”. Sem esquecer os corpos d’água que diminuíram acentuadamente, enquanto os aterros sanitários aumentaram. Os quatro milhões de habitantes não percebem que em duzentos anos houve uma degradação espetacular de seu meio ambiente.
Software e hardware usados
Para gerar a imagem de satélite, o estudante politécnico utilizou o software existente: Pix2Pix. Entre os recursos mais conhecidos deste aplicativo está a produção de uma imagem colorida a partir de uma foto em preto e branco e vice-versa. Um simples esboço feito a lápis também pode se transformar em uma imagem de um objeto próximo da realidade.
Para realizar sua tarefa corretamente, a inteligência artificial deve contar com um processador gráfico NVIDIA com pelo menos 4 GB de RAM de vídeo, acionado por CUDA (Compute Unified Device Architecture) para fazer os cálculos em vez da CPU.
Por enquanto, o futuro engenheiro está trabalhando em “melhorar a resolução da imagem e experimentar diferentes entradas”. A renderização ainda está um pouco embaçada, de acordo com o ponto de vista dos pesquisadores.
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