Você pode dizer a diferença entre retratos reais e aqueles gerados por uma IA?

Você acha que é fácil dizer a diferença entre um retrato feito por um humano e um feito por uma IA? Ou entre uma música criada por um músico e uma peça gerada por um computador? Para descobrir, você pode experimentar o teste online criado pelo jornalista e escritor polonês Kazimierz Rajnerowicz. Esta é uma pesquisa realizada como parte da redação de um relatório sobre IA e conteúdo gerado por IA e, segundo o repórter, muitas das pessoas que participaram tiveram dificuldade em distinguir.

Rajnerowicz é fã de chatbots, deepfakes e arte e música criados por inteligência artificial.

Ele montou a pesquisa para um projeto do Tidio Blog, empresa que desenvolve chatbots. Quanto aos resultados dos testes, o jornalista se surpreende que muitas pessoas sejam enganadas pela IA. Ele disse que quando preparou as amostras, as fotos geradas artificialmente pareciam ser facilmente reconhecíveis, mas a melhor pontuação entre os primeiros 400 participantes foi 13/21.

A prova coloca o participante diante de exemplos de músicas, textos, pinturas ou mesmo fotografias. Parte desse conteúdo foi criado por humanos, enquanto outros foram gerados por programas de IA, como GAN ou Generative Adversial Networks. Este último é usado para gerar fotos de pessoas que não existem. Quando fazemos o teste, devemos então dizer se cada elemento é uma criação humana ou um produto artificial.

Mais difícil do que você pensa

Aparentemente, ao visualizar uma imagem gerada por IA no contexto de um artigo explicando como a imagem foi criada, é mais fácil identificar os vários sinais de uma criação artificial. Mas no que diz respeito às imagens utilizadas durante o teste, estas são colocadas fora de um contexto definido, o que cria um certo nível de dificuldade para os participantes.

Especialistas na área poderiam reconhecer mais facilmente imagens falsas. De fato, quando sabemos o que verificar, podemos ver facilmente que é o trabalho de uma IA. Por exemplo, as imagens geradas pelo GAN mostram distorções estranhas, especialmente ao nível do pescoço e das orelhas de uma pessoa. Para a música, o que é artificial pode ter uma estranha atonalidade.

O que o criador do teste diz

Sobre os resultados não serem muito bons, Rajnerowicz explicou que pode ser porque ele convive com muitas pessoas no mundo da TI, mas ele acha que as pessoas são mais capazes de detectar que algo é artificial. Do seu ponto de vista, ele pensa que há um grande problema emergente de “alfabetização visual”.

Rajnerowicz acrescentou que algumas pessoas acreditam que a tecnologia ainda não é muito avançada e que é fácil distinguir uma falsificação de uma real. No entanto, a maioria das pessoas não consegue identificar as diferenças sutis. O problema é que, quando especialistas da área entendem essa deficiência, isso pode levar a abusos.

De qualquer forma, se você também quiser testar suas habilidades de observação, tente o teste projetado por Rajnerowicz.