Xiaomi não atingirá metas de vendas em 2023, culpa a escassez de chips

A atual escassez de semicondutores continua cobrando seu preço. Último player no mercado de smartphones a sofrer, a gigante chinesa Xiaomi. A empresa chinesa acaba de anunciar que seus objetivos para o ano de 2021 não serão alcançados, com 10 a 20 milhões de unidades a menos do que o esperado.

Você deve saber que não é apenas o setor de smartphones, todos os segmentos combinados, que carrega o peso da escassez de chips que o mundo está enfrentando atualmente. Escassez que, com razão, deve durar pelo menos até 2023. Vários outros setores, como alta tecnologia e automobilística, também são gravemente afetados.

Dito isto, em comparação com os números de 2020, os negócios são muito bons para a Xiaomi. De acordo com as previsões, este ano deve mesmo terminar com um crescimento de 30% nas vendas em relação às registradas no ano passado.

A meta de 200 milhões de unidades entregues não será atingida

De acordo com o recente relatório Nikkei, a Xiaomi estabeleceu a meta ambiciosa de entregar 200 milhões de smartphones em 2021. Algo que acabará por não ser possível dadas as restrições impostas pela escassez que o mundo atravessa atualmente. O relatório indica assim que a situação impactou a oferta de “10 a 20 milhões de unidades” no mercado de smartphones número 3.

Além disso, a situação é tal que a pressão deve ser muito sentida neste último trimestre de 2021, segundo Wang Xiang, presidente da empresa. Essa situação deve durar até o segundo trimestre de 2022 e melhorar a partir do terceiro trimestre do próximo ano.

Xiaomi ainda consegue sair do jogo

Ainda podemos dizer que a empresa chinesa poderá encerrar o exercício de 2021 de bom humor. De fato, as estimativas preveem um aumento de 30% nas vendas de smartphones para este ano em relação ao ano passado. Bons números impulsionados por uma demanda relativamente estável, tanto para terminais 4G quanto para os mais recentes operando em 5G.

Além disso, a Xiaomi ainda pretende agarrar quota de mercado, graças ao lugar deixado vazio por uma Huawei ainda em dificuldade no mercado americano devido às restrições. Uma situação que torna o negócio do atual número 3 dos smartphones, que nunca escondeu as suas ambições de um dia ocupar o primeiro lugar no mundo.