Sabemos mais sobre o meteorito que atingiu a Lua no início deste ano

O eclipse lunar total ocorrido em janeiro passado cativou particularmente a comunidade científica quando uma pedra espacial atingiu a Lua no momento do eclipse. Um fenômeno excepcional que os astrônomos conseguiram capturar.

E agora, novos dados acabam de ser divulgados sobre este evento sem precedentes, incluindo a velocidade com que o objeto atingiu a Lua e as temperaturas extremas atingidas durante o impacto.

Um impacto breve, mas violento

Ao longo dos anos, os astrônomos conseguiram capturar impactos de objetos espaciais com a Lua, mas o impacto capturado durante o eclipse lunar total de 21 de janeiro de 2019 foi o primeiro para a ciência. De fato, os astrônomos conseguiram coletar dados valiosos que agora podem ser descobertos em um novo estudo publicado recentemente. Temos estimativas do tamanho e velocidade do meteoróide, da quantidade de energia expelida durante o impacto, bem como da nova cratera lunar que ele criou.

A rocha espacial atingiu a Lua perto da cratera Lagrange H, que fica na parte visível da Lua. O flash causado pelo impacto foi muito breve, durando apenas 0,28 segundos. Mas nesse breve período, atingiu o nível de brilho de uma estrela de magnitude 4,2, o que significa que pode ser observado a olho nu da Terra.

O meteoroide mediu entre 30 e 60 centímetros de diâmetro e pesava cerca de 45 quilos.

Um impacto que diz muito sobre a Lua

No momento da colisão com a Lua, o meteoróide estava se movendo a velocidade de 61.000 km/h, resultando em um impacto que gerou energia equivalente a 1,5 tonelada. Os destroços que resultaram do acidente atingiram uma temperatura impressionante de 5.400 graus Celsius, que é aproximadamente a temperatura da superfície do sol. E muito naturalmente a colisão deixou uma marca na Lua, uma cratera com cerca de 15 metros de largura mais precisamente.

Além de fascinantes, os dados coletados pelos cientistas também têm um aspecto prático. Eles serão usados ​​para aprender mais sobre as diferenças entre a Terra e a Lua. Mais importante, eles ajudarão os cientistas a avaliar melhor a segurança na superfície lunar para futuros exploradores e seus habitats.